O Eremita. A vergonha dos campos de concentração brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

O Brasileiro sente orgulho por viver em um pais neutro e que tem como política
de Estado a não intervenção e o repúdio ao terrorismo e o racismo e ainda
mais o respeito aos direitos humanos e resolução pacífica dos conflitos. Tudo
isso vive no imaginário do povo e a maioria desconhece que em tempos de
guerra mundial a postura pode ser bem diferente.


Antes mesmo de estourar a Segunda Guerra Mundial, o governo brasileiro, sob
o comando de Getúlio Vargas, tinha uma simpatia por modelos autoritários e se
dependesse somente dele, Getúlio seguiria apoiando o eixo liderado pela
Alemanha Nazista. Mas os acontecimentos no litoral brasileiro durante a
Segunda Guerra Mundial, jogou a população contra a Alemanha Nazista e o
pedido cada vez mais contundente de que o Brasil declarasse guerra ao eixo.
Finalmente, depois de várias tragédias e mortes de brasileiro, em agosto de
1942, o Brasil declarou guerra ao eixo liderado pela Alemanha de Adolf Hitler.


Depois desse momento, ser cidadão de algum desses países do eixo,
(Alemanha, Itália e Japão) passou a ser atestado de criminalidade.
Propriedades foram confiscadas, indivíduos foram presos e enviados para
campos de detenção, para não dizer de concentração, e até agredidos nas
ruas por ter aparência de alemão, italiano ou japonês.


Esse período turbulento é narrado em O Eremita. Veja um resumo do livro a
seguir.

O EREMITA: O AMOR EM TEMPOS DE GUERRA

“O Eremita” narra a história de Ariel, um homem marcado por
perdas e injustiças durante a Segunda Guerra Mundial, que se isola na
montanha do Pacelete, em Itacaré, Bahia. Ariel viveu intensamente o amor por
Rosana, sua grande paixão, e a amizade com Isaque, mas ambos
desapareceram em meio ao caos da guerra e à perseguição aos descendentes
de alemães e judeus no Brasil. Ariel, chamado de eremita, se refugia na
solidão, mantendo vivo o amor e a memória de seus entes queridos.


Décadas depois, um jovem também chamado Ariel encontra o eremita e revive
sua história, que mistura amor, amizade, guerra e ideologias. O eremita,
mesmo isolado, tenta transmitir suas experiências e reflexões sobre o amor e a
humanidade. A narrativa aborda temas como preconceito, intolerância, guerra e
a luta para manter o amor vivo em tempos de adversidade.


O texto também reflete sobre eventos históricos, como a Segunda Guerra
Mundial, a Guerra Contra o Terror e os atentados de 11 de setembro,
destacando a necessidade de superar o ódio e cultivar o amor, mesmo em
meio aos conflitos. ​

A mensagem final é um apelo para que o amor prevaleça e não se torne um eremita, isolado pelas injustiças e guerras que marcam a história humana. ​

Os personagens principais da história são:

  1. Ariel (o eremita): Protagonista que viveu intensamente o amor por
    Rosana e a amizade com Isaque. Após perder ambos em meio às
    injustiças da Segunda Guerra Mundial e à perseguição no Brasil, isola-
    se na montanha do Pacelete, tornando-se um eremita.
  2. Rosana: O grande amor de Ariel. Jovem de origem alemã, desaparece
    durante o caos da guerra e a perseguição aos descendentes de
    estrangeiros no Brasil.
  3. Isaque: Amigo leal de Ariel e descendente de judeus. Sofre
    discriminação e perseguição, sendo injustamente acusado de nazismo e
    enviado a um campo de concentração no Brasil.
  4. Ariel (o jovem): Um jovem que encontra o eremita no Pacelete e revive
    sua história. Ele também enfrenta uma decepção amorosa e se torna
    amigo do eremita.
  5. Judite: Amiga de Rosana e apaixonada por Isaque. Acompanha Isaque
    em sua fuga, demonstrando um amor incondicional.
  6. Dona Rebeca e Seu Jonas: Pais adotivos de Rosana e Isaque, que
    sofrem profundamente com as injustiças e o desaparecimento de seus
    filhos.
    Esses personagens representam diferentes aspectos do amor, da amizade, da
    perda e da luta contra as adversidades em tempos de guerra e intolerância.
  7. Iaiá (avó do menino Ariel)

Além desses e de outros personagens do livro, tem Iaiá, avó do menino Ariel
que é uma contadora de histórias, tradições nas cidades pequenas do interior
do Brasil no século XX.


Iaiá, a avó de Ariel, exerce uma influência significativa na narrativa ao ser a
guardiã das histórias e tradições familiares. Ela é uma figura central na infância
de Ariel e seus irmãos, transmitindo valores, cultura e imaginação por meio de
suas histórias. Suas narrativas, que misturam elementos fantásticos e reais,
como causos sobre o Pacelete, lobisomens e aventuras locais, despertam a
curiosidade e o senso de mistério em Ariel, moldando sua visão de mundo.


Além disso, Iaiá é uma ponte entre o passado e o presente, conectando as gerações da família e mantendo vivas as memórias e os ensinamentos. Sua morte, em 2001, marca um momento de reflexão para Ariel, que relembra as lições e histórias que ela compartilhou, reforçando a importância do amor, da memória e da busca por respostas em meio às adversidades da vida.

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